O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, disse durante seu programa semanal na televisão, nesta segunda-feira (1º), que seu país possui “o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo”, em resposta à pressão internacional após a exclusão de Corina Yoris, apoiada pelo maior bloco opositor ao regime, das eleições de julho.
O líder chavista aproveitou o momento para atacar os Estados Unidos, acusado pela ditadura de liderar uma campanha contra o país. “Começou o circo, começou a campanha, há nervosismo em Washington, há nervosismo nos sobrenomes da oligarquia, há nervosismo na direita regional, deixem de ser nervosos”, disse.
O próprio Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que é controlado pelo regime de Caracas, se manifestou contra os Estados Unidos, afirmando que Washington quer “desacreditar as eleições presidenciais”.
Durante o programa, Maduro afirmou ainda que, independente das tentativas estrangeiras de influenciar o pleito, “o que vai acontecer”, naquela data, “está marcado entre o céu e a terra”.
Além de Washington, a Argentina e governos de esquerda aliados do ditador, de Gustavo Petro, na Colômbia, e de Lula, no Brasil, criticaram a exclusão de Yoris da corrida eleitoral, apesar de tentarem minimizar o assunto.
Mesmo inabilitada para cargos públicos, a vencedora das primárias da oposição no país, Maria Corína Machado, continuou sua campanha pelo país e no exterior em busca de apoio internacional pedindo eleições livres.
No poder desde a morte de Hugo Chávez, Maduro oficializou sua candidatura para um terceiro mandato na Venezuela. Meses antes da realização das eleições de julho, seu regime autoritário tem efetuado dezenas de prisões de críticos, acusados de “conspirações” contra lideranças chavistas.