Um homem suspeito de ajudar um complô dos serviços de inteligência russos para assassinar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi preso na Polônia, disseram promotores poloneses e ucranianos na quinta-feira.
O cidadão polaco, identificado apenas como Pawel K., é suspeito de fornecer informações à inteligência militar russa e de “ajudar as forças especiais russas a planear uma possível tentativa de assassinato” contra Zelensky, afirmou um comunicado dos procuradores polacos.
Afirmou que o suspeito declarou estar “pronto para agir em nome dos serviços de inteligência militar da Federação Russa e estabelecer contato com cidadãos russos diretamente envolvidos na guerra na Ucrânia”.
Os procuradores ucranianos informaram a Polónia sobre as atividades, o que lhes permitiu reunir “provas essenciais” contra o suspeito, acrescentou o comunicado.
O procurador-chefe da Ucrânia, Andriy Kostin, disse que o suspeito foi encarregado de “reunir e transmitir ao Estado agressor informações sobre a segurança no aeroporto de Rzeszow-Jasionka”, no sudeste da Polónia.
Zelensky passa frequentemente pelo aeroporto em suas viagens ao exterior. Também é usado por autoridades estrangeiras e comboios de ajuda que se dirigem à Ucrânia.
O suspeito está detido aguardando procedimentos judiciais, disseram os promotores dos dois países.
“Este caso sublinha a ameaça persistente que a Rússia representa não só para a Ucrânia e os ucranianos, mas para todo o mundo livre”, escreveu Kostin no X, o antigo Twitter.
“O regime criminoso do Kremlin… organiza e realiza operações de sabotagem no território de outros Estados soberanos”, acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, elogiou o trabalho dos serviços especiais e dos procuradores do seu país na operação, bem como a cooperação com a vizinha Ucrânia.
Varsóvia tem sido um dos mais firmes apoiantes de Kiev desde a invasão russa em Fevereiro de 2022, embora os laços tenham se desgastado recentemente numa disputa sobre as importações agrícolas.