A Primeira-Ministra da Dinamarca ( Mette Frederiksen) disse que a Dinamarca doará toda a sua artilharia para ajudar no esforço defensivo ucraniano. Ela disse isso em um almoço ucraniano na Conferência de Segurança de Munique em 17 de fevereiro.
Os projéteis de artilharia são sem sem dúvidas um dos suprimentos militares mais cruciais para a Ucrânia, pois são usados diariamente em grande número nos campos de batalha pelo exercito ucraniano
“Se você perguntar aos ucranianos, eles estão nos pedindo munição agora, artilharia agora. Do lado dinamarquês, decidimos doar toda a nossa artilharia”,
“Ainda há munição nos estoques europeus. Não se trata apenas de produção porque temos as armas, temos munição, temos defesa aérea que não temos de usar no momento em que devemos entregar à Ucrânia.”
disse Frederiksen.
Frederiksen não especificou quantos projéteis de artilharia a Dinamarca tem em seus estoques.
“A Rússia não quer paz conosco. Eles estão desestabilizando o mundo ocidental de muitos ângulos diferentes – na região do Ártico, nos Bálcãs e na África – com desinformação, ataques cibernéticos, guerra híbrida e, obviamente, na Ucrânia”
disse Mette Frederiksen
A UE disse que seria capaz de entregar apenas metade dos 1 milhão de projéteis prometidos até o prazo final de março, enquanto a assistência de defesa dos EUA, incluindo apoio de artilharia, é retida por disputas políticas internas.
Josep Borrell, o principal diplomata da UE, disse recentemente que a UE pretende entregar mais de 1 milhão de projéteis à Ucrânia até o final de 2024.
No mesmo dia, o presidente tcheco, Petr Pavel, disse que a República Tcheca identificou cerca de 800.000 tiros de artilharia no exterior que poderiam ser enviados à Ucrânia dentro de semanas se recebessem financiamento de outros parceiros.
“Identificamos neste momento meio milhão de munições de calibre 155 mm e outras 300 mil munições de calibre 122 mm, que poderemos entregar dentro de semanas se encontrarmos rapidamente financiamento para essa atividade”
disse Pavel à Conferência de Segurança de Munique, sem especificar de quais países as compras seriam originadas.
Ele também disse que Praga (capital da República Tcheca) se voltaria para os EUA, Alemanha, Suécia e outros que poderiam contribuir para esse esforço.
Como os países da UE enviaram todos os projéteis que podiam de seus estoques permanentes, o próximo passo foi produzir ou comprar novos para enviar para a Ucrânia e reabastecer seus arsenais.
Vendo a UE falhar em sua promessa a Kiev, a República Tcheca começou a impulsionar um plano para financiar a compra de 450.000 projéteis fora do bloco em conjunto, informou o Politico em 1º de fevereiro. Praga teria sugerido que a Europa poderia recorrer a empresas de armamento na Coreia do Sul, Turquia ou África do Sul.
Os planos de comprar munição de fora do bloco continuam enfrentando oposição da França, Grécia e Chipre. Enquanto Paris espera impulsionar sua indústria doméstica de defesa, Grécia e Chipre não desejam comprar armas de produtores turcos, dadas suas relações tensas com Ancara.